sábado, 7 de fevereiro de 2009

Liberdade! Liberdade! Liberdade!


A Liberdade do povo



Liberdade!
Liberdade!
Liberdade!
Voz da grande cólera que faz versos
Sob as balas, no meio das chamas
Voz que persigo apesar das correntes
Cujo avanço apresso, apesar da noite
E luto fazendo versos
Liberdade!
Liberdade!
Liberdade!
E o rio sagrado e as pontes fazem versos
Liberdade!
O trovão, o redemoinho e a tormenta de minha pátria
Fazem versos comigo
Liberdade! Liberdade! Liberdade!
Continuarei lutando
E gravarei na terra, nos muros
Nas portas, nas janelas
No templo da virgem e nos mihrabs
Nos sulcos, nos relevos e nas rochas
Na prisão, na câmara de torturas, na forca
Apesar das correntes, apesar da destruição das casas
Apesar da mordida das brasas
Continuarei gravando teu nome
Até que a veja
Estender-se sobre minha pátria e crescer
Crescer, crescer
Até cobrir cada polegada de sua terra
Até que eu veja a liberdade vermelha abrir cada porta
A noite fugir e a luz destroçar as fortificações da névoa
Liberdade!
Liberdade!
Liberdade!
O rio sagrado e as pontes fazem versos
Liberdade!
E as duas margens fazem versos
O trovão, o redemoinho e as tormentas de minha pátria
Fazem versos comigo
Liberdade! Liberdade! Liberdade!


Fadwa Tuqan